Apesar de ter nascido em Nápoles, a vida de Glauco Velásquez parece ter sido bem mais registrada após sua chegada ao Brasil do que na Itália.
A vinda para o Brasil...
Quando Glauco Velásquez chega ao Brasil, trazido pelo Dr. Azevedo Pinheiro — engenheiro e professor de matemática e educador em colégios no Rio de Janeiro (MELO; CHEVITARESE, 2018, p.248) — amigo de Eduardo M. Ribas, pai de Glauco Velásquez. A partir de então G. Velásquez passa a viver no Brasil e o Dr. Azevedo Pinheiro matricula-o, inicialmente no Instituto Profissional Masculino onde era diretor. Nesta instituição torna-se aluno de Francisco Braga, onde o compositor era professor de música.
Braga entusiasma-se com o talento de Glauco Velásquez e o incentiva-o a matricular-se no Instituto Nacional de Música onde também era professor de composição.Dessa maneira, Glauco Velásquez passa duas vezes pelo Instituto Nacional de Música, mas é na segunda que obtém sucesso como aluno de composição, por volta de 1903.
A Carreira
Glauco Velásquez, apesar da entrada no Instituto Nacional de Música em 1903, começa a compor aos 14 anos de idade, em 1898. Suas primeiras composições, aparentemente são registradas passados dois anos de sua chegada no Brasil. No entanto, a regularidade com que Glauco Velásquez compunha fortifica-se em 1905.
Enquanto aluno de Braga, José Maria Neves (2002), afirma que Glauco Velásquez obteve grande mérito e passou a chamar atenção de outros professores do Instituto como Henrique Oswald. Francisco Braga exerceu, então, grande Influência sobre Glauco Velásquez até o fim de vida do jovem compositor (CARNEIRO; NEVES, 2002).
Além de compositor e violinista, Glauco Velásquez fora também professor. Segundo Maria Cecília Ribas Carneiro (2002), ele havia lecionado numa escola de crianças pertencente a Adelina Alambary Luz na Ilha de Paquetá, por volta de 1901. Anos depois, em 1903, quando foi matriculado no Instituto Nacional de Música, Braga ao perceber sua facilidade na composição coloca-o como seu assistente (HEITOR, 2016).
Referências
MELO, Victor Andrade. CHEVITARESE, André Leonardo. Embates na Sociedade Fluminense: a experiência de Prado Guarani (1884-1890). Revista Brasileira de História. São Paulo, v.38, nº78, 2018.
CARNEIRO, Maria Cecília Ribas; NEVES, José Maria, Glauco Velásquez, Coleção Academia Brasileira de Música, Vol.1, Rio de Janeiro: 2002, editora Enelivros.
HEITOR, Luiz. 150 anos de música no Brasil (1800 – 1950). Rio de Janeiro. Editora Fundação Biblioteca Nacional. 2016.
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